Andressa Bittencourt (andressbitten@opovo.com.br)
As 500 espécies que farão parte do Acquario Ceará devem começar a ser capturadas entre junho e agosto de 2015 - um ano antes da inauguração do equipamento -, afirmou Philip Mayfield, diretor aquarista da ICM Reynolds, empresa responsável pela supervisão técnica da obra. Ele explicou como será feito o processo de captura e importação das espécies.
Mayfield estima que deve haver entre 3 e 5 mil animais “principais”, como os tubarões e peixes maiores, porém faz a ressalva de que o número pode aumentar dependendo do quão sucedido será o processo de coleta.
“Temos que estar atentos quanto à época do ano, pois alguns animais só se reproduzem em determinado período”, afirmou. A ideia é capturar o máximo possível de espécies locais, mas haverá também a importação de animais de outros estados do Brasil e de outros países, como Estados Unidos, Indonésia, Somália e Malásia.
Das 500 espécies que farão parte do Acquario Ceará, cerca de 70 serão animais. A captura será feita por meio de curral de pesca ou isca. Todo o processo de coleta será acompanhado por profissionais.
Treinamento
Segundo Rodrigo Caminha Barbosa, diretor de operações da ICM, está sendo considerada a possibilidade de trazer consultores de Lisboa e da Flórida para treinamento das equipes cearenses. A captura de espécies nativas será feita sob responsabilidade do Centro de Estudos Ambientais Costeiros do Labomar (Ceac) em parceria com entidades locais, como a importadora e exportadora de peixes ornamentais H&K e a Piscicultura Tanganyika.
De acordo com Manuel Furtado, secretário adjunto da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Ceará e ex-diretor do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (Labomar), a estimativa de que apenas 20% das espécies coletadas sejam cearenses pode aumentar. “Isso vai depender da nossa capacidade de captura e manutenção. Quanto mais coletarmos animais aqui, mais se desenvolverá a cadeia produtiva local”, disse.
O transporte dos animais será feito via aérea, aquática e terrestre. Os nativos serão transportados por pequenas embarcações, enquanto os animais que virão de locais mais distantes devem vir de avião. As espécies oriundas de outros estados brasileiros próximos do Ceará podem ser transportadas de caminhão.
Importação
Transporte de animais causa preocupação
Segundo Philip Mayfield, a taxa de mortalidade de animais durante o processo de importação é menor que 1%, diferentemente dos quase 50% que ocorriam há 30 anos. Ele explica que existem cuidados especiais para o transporte das espécies, o que encarece o processo de importação.
De acordo com Mayfield, alugar um avião cargueiro para trazer animais da Miami, por exemplo, considerando as condições de temperatura e oxigenação, chega a custar US$ 250 mil.
O titular da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur-CE), Bismarck Maia, afirmou que ainda não há um valor de investimento definido exclusivamente para a captação e transporte de animais, o que só será determinado após a licitação que definirá a empresa responsável pela gestão do Acquario.
Na próxima segunda-feira, o secretário encaminhará à Procuradoria Geral do Estado do Ceará o termo de referência com todos os planos de gestão para que seja aberta a licitação, que deve durar de 60 a 90 dias. (AB)
Links:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2014/10/18/noticiasjornaleconomia,3333102/captura-de-especies-sera-feita-no-segundo-semestre-de-2015.shtml
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2014/10/18/noticiasjornaleconomia,3333103/transporte-de-animais-causa-preocupacao.shtml
Mayfield estima que deve haver entre 3 e 5 mil animais “principais”, como os tubarões e peixes maiores, porém faz a ressalva de que o número pode aumentar dependendo do quão sucedido será o processo de coleta.
“Temos que estar atentos quanto à época do ano, pois alguns animais só se reproduzem em determinado período”, afirmou. A ideia é capturar o máximo possível de espécies locais, mas haverá também a importação de animais de outros estados do Brasil e de outros países, como Estados Unidos, Indonésia, Somália e Malásia.
Das 500 espécies que farão parte do Acquario Ceará, cerca de 70 serão animais. A captura será feita por meio de curral de pesca ou isca. Todo o processo de coleta será acompanhado por profissionais.
Treinamento
Segundo Rodrigo Caminha Barbosa, diretor de operações da ICM, está sendo considerada a possibilidade de trazer consultores de Lisboa e da Flórida para treinamento das equipes cearenses. A captura de espécies nativas será feita sob responsabilidade do Centro de Estudos Ambientais Costeiros do Labomar (Ceac) em parceria com entidades locais, como a importadora e exportadora de peixes ornamentais H&K e a Piscicultura Tanganyika.
De acordo com Manuel Furtado, secretário adjunto da Secretaria de Pesca e Aquicultura do Ceará e ex-diretor do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará (Labomar), a estimativa de que apenas 20% das espécies coletadas sejam cearenses pode aumentar. “Isso vai depender da nossa capacidade de captura e manutenção. Quanto mais coletarmos animais aqui, mais se desenvolverá a cadeia produtiva local”, disse.
O transporte dos animais será feito via aérea, aquática e terrestre. Os nativos serão transportados por pequenas embarcações, enquanto os animais que virão de locais mais distantes devem vir de avião. As espécies oriundas de outros estados brasileiros próximos do Ceará podem ser transportadas de caminhão.
Importação
Transporte de animais causa preocupação
Segundo Philip Mayfield, a taxa de mortalidade de animais durante o processo de importação é menor que 1%, diferentemente dos quase 50% que ocorriam há 30 anos. Ele explica que existem cuidados especiais para o transporte das espécies, o que encarece o processo de importação.
De acordo com Mayfield, alugar um avião cargueiro para trazer animais da Miami, por exemplo, considerando as condições de temperatura e oxigenação, chega a custar US$ 250 mil.
O titular da Secretaria do Turismo do Ceará (Setur-CE), Bismarck Maia, afirmou que ainda não há um valor de investimento definido exclusivamente para a captação e transporte de animais, o que só será determinado após a licitação que definirá a empresa responsável pela gestão do Acquario.
Na próxima segunda-feira, o secretário encaminhará à Procuradoria Geral do Estado do Ceará o termo de referência com todos os planos de gestão para que seja aberta a licitação, que deve durar de 60 a 90 dias. (AB)
Links:
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2014/10/18/noticiasjornaleconomia,3333102/captura-de-especies-sera-feita-no-segundo-semestre-de-2015.shtml
http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2014/10/18/noticiasjornaleconomia,3333103/transporte-de-animais-causa-preocupacao.shtml
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