sábado, 31 de maio de 2014

HABILIDADES. Como nasce um líder

A liderança não é predestinação, dizem especialistas. Ela pode ser desenvolvida, o que é bom para empresa e empregados

Andressa Bittencourt (andressabitten@opovo.com.br)

Diferentemente do que se possa imaginar, ninguém “nasce sendo líder”. Exercer a liderança não tem a ver com dádiva ou destino. Seja pessoal ou profissionalmente, é possível se tornar um líder pelo treinamento de habilidades, conhecimentos e competências.

“A liderança não é genética, não passa de pai para filho. Pode ser aprendida e desenvolvida”, é o que explica Denise Costa, professora da pós-graduação em Psicologia Organizacional da Fanor | DeVry. “Não se deve falar em instinto de liderança, mas em habilidade de liderança, uma vez que o instinto é algo inconsciente e inato, e a liderança pode ser desenvolvida”, completa.

Empatia, visão de futuro, carisma, capacidade de persuasão e inteligência emocional são algumas das características gerais de um líder, que podem ser trabalhadas na vida pessoal ou corporativamente. “O que diferencia uma empresa da outra é o tipo de liderança que ela tem. Treinar os colaboradores agrega novas ideias à empresa. Aquelas que têm programas de treinamento acabam saindo na frente”, destaca o doutor em Psicologia do Trabalho e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Caubi Tupinambá.

Segundo ele, é necessário esforço conjunto entre empresa e empregados para que os líderes tenham oportunidade de pôr em prática suas competências. “A liderança é uma característica que precisa de ambiente favorável para ser desenvolvida. Se a pessoa tem potencial, mas as tentativas são frustradas pelos superiores, ela deixa de querer realizá-las para se adaptar ao ambiente. Se, pelo contrário, a pessoa não tem noção sobre liderança e encontra muitas oportunidades, a habilidade é desenvolvida”.

Novas ideias

Caubi Tupinambá afirma que a empresa deve oferecer oportunidade para que novos líderes surjam, pois concentrar os poderes de gestão em uma ou poucas pessoas pode criar um ambiente de autoritarismo. Os colaboradores não devem ser vistos como competidores ou como ameaças que retirarão os chefes de seus respectivos cargos.

Pelo contrário, a capacitação, além de proporcionar a emergência de novos líderes - que podem ou não substituir os gestores no futuro -, também previne que a empresa seja prejudicada com a má gestão de quem ocupa postos de liderança.

O master coach Marcos Tito alerta que, quando uma equipe de trabalho não é bem gerida, os resultados acabam sendo ineficientes. “É possível que, consciente ou inconscientemente, a equipe produza resultados abaixo do esperado devido à antipatia com o líder. Isso é uma forma de mostrar para os superiores que aquela gestão não está funcionando”, afirma.



Características de um líder

1. Ser capaz de definir e cumprir objetivos e metas;

2. Ter empatia (saber colocar-se no local do outro) e ser inspirador (dar o exemplo);

3. Ter versatilidade e flexibilidade;

4. Saber usar a autoridade, saber delegar, saber dar e receber feedback;

5. Saber comunicar-se e ser automotivado;

6. Ter capacidade de persuasão;

7. Manter-se atualizado;

8. Ter carisma, seguidores;

9. Ter visão de futuro e capacidade de antecipar soluções para os problemas;

10. Buscar sempre novos conhecimentos e aprendizados


Como formar-se para a liderança

De acordo com Denise Costa, pessoas com talento para liderar podem alcançar maior sucesso profissional, pois são capazes de motivar e coordenar outras pessoas.

Embora certas pessoas, desde a infância, apresentem componentes de caráter que indicam liderança, mesmo quem não apresenta estes traços pode se tornar líder por meio do desenvolvimento de algumas habilidades:

1. Estudar, ler livros de liderança, fazer cursos de liderança;

2. “Modelar” líderes, usando o exemplo do outro para ter resultados parecidos, criando, pouco a pouco, o seu próprio estilo de liderar;

3. Evitar a inflexibilidade, o egoísmo, a limitação mental. “Achar que sabe tudo”, ser intransigente e impositivo e não ouvir o outro são atitudes incompatíveis com a habilidade de ser líder;

4. Buscar o nicho ou ambiente favorável onde as competências possam ser melhor trabalhadas, onde os talentos possam ser colocados em prática.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

MARKETING DE EMBOSCADA. Pena de prisão para quem tentar driblar a Fifa

Detenção de três meses a um ano é a penalidade contra o marketing de emboscada. Lei Geral da Copa também prevê sanções civis

Andressa Bittencourt (andressabitten@opovo.com.br)

A Gol é a patrocinadora oficial da Seleção Brasileira, mas a TAM colocou 
jogadores na campanha: "TAM traz nossos craques". Na foto, Marcelo, 
lateral do Barcelona e da Seleção Brasileira, pega um voo para o Brasil. 
Foto: Divulgação
Associar marcas, produtos ou serviços, direta ou indiretamente, aos eventos ou símbolos oficiais da Copa do Mundo, sem a autorização da Fifa, pode dar cadeia. Entre 2010 e 2014, a entidade lidou com mais de 500 casos de violações dos seus direitos no Brasil em relação à Copa e, com a proximidade do evento, a federação permanece na caça contra as tentativas dos não parceiros de driblar suas regras.

Na semana passada, o comercial “Catimba”, feito pela companhia TAM com três jogadores da seleção brasileira, passou pelo crivo do Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (Conar). No anúncio, a empresa informava que “traria nossos craques para jogar em casa”. A propaganda não estava em conformidade com as diretrizes da Fifa, pois quem é a companhia aérea oficial de transporte da seleção é a Gol.

Por unanimidade, o conselho decidiu que a campanha permanecesse no ar, porém com mudanças. A recomendação foi feita com base no artigo 27 do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, que trata da apresentação verdadeira dos fatos nos anúncios. A “sanção” contra o comercial, no entanto, poderia ter sido mais grave, deixando de ser veiculado totalmente.

Regulamentação

As recomendações do Conar, embora não tenham força de lei, não têm histórico de descumprimento. Por razões éticas, as empresas cujas propagandas são analisadas cumprem as determinações, modificando ou retirando o anúncio do ar.

Há, no entanto, “reais penalidades” para os praticantes do marketing de emboscada (a publicidade “imprevisível”) em relação à Copa do Mundo. Os realizadores do comercial que “pegar carona” na visibilidade do evento, utilizando símbolos, logotipos, termos, entre outras patentes da Fifa, sem autorização, podem ser sancionados com detenção de três meses a um ano ou multa. A Lei Geral da Copa, de 5 de junho de 2012, traz a disposição, incluindo também penas de cunho civil.

Segundo a Fifa, ocorrendo o marketing de emboscada, sua equipe de proteção às marcas avalia a maneira mais adequada de resolver a situação, sem ter que recorrer a ações desproporcionais às circunstâncias do caso.

Se houver no anúncio clara intenção de benefício comercial com o evento, podem ser adotadas medidas legais para impedir uma situação de violação e reivindicar uma compensação financeira pelos danos sofridos. A entidade garante, no entanto, que não vai recorrer a ações legais sem análise aprofundada do impacto comercial do uso indevido das marcas.

Quanto aos casos já ocorridos, a Fifa diz que já houve compensação por parte das empresas infratoras, mas se nega a divulgar quaisquer detalhes. A federação registrou 1406 marcas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), sendo 236 após a vigência da Lei Geral da Copa. Segundo o Inpi, 48 pedidos ainda serão deferidos ou negados.


RESTRIÇÕES
A Lei Geral da Copa prevê duas modalidades para o marketing de emboscada, cujas sanções, para ambas, variam de três meses a um ano de detenção ou multa:

1) Marketing de emboscada por associação
Divulgar marcas, produtos ou serviços, com o fim de alcançar vantagem econômica ou publicitária, por meio de associação direta ou indireta com os eventos ou símbolos oficiais, sem autorização da Fifa.
Vincular o uso de ingressos ou convites dos eventos da Fifa a ações de publicidade ou atividade comerciais.

2) Marketing de emboscada por intrusão
Expor marcas, negócios, estabelecimentos, produtos, serviços da Fifa.
Praticar atividade promocional, não autorizados pela Fifa ou por pessoa por ela indicada, atraindo de qualquer forma a atenção pública nos locais da ocorrência dos eventos.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

DESRESPEITO. As atitudes que prejudicam o ambiente de trabalho

Fofoca, implicância, bullying, furtos e até assédio moral causam evasão de funcionários e reduzem a produtividade

Andressa Bittencourt (andressabitten@opovo.com.br)

O boato de que estava grávida se espalhou rapidamente pela empresa. A auxiliar administrativa, que teve o nome preservado, apenas ficou sabendo da fofoca que corria pelos corredores da firma quando os colegas começaram a parabenizá-la pela “vinda da cegonha”. A situação, aparentemente engraçada, ocasionou constrangimento à mulher. Não sendo verdade, ela procurou o “fofoqueiro”, conversou com ele e deu um basta na situação.

O final da história, no entanto, não foi tão feliz para o “leva e traz”. A invenção da fofoca, a princípio sem nenhum motivo aparente, assim como outras condutas pouco salutares ao ambiente de trabalho, acarretaram a demissão dele.

“A fofoca é uma prática que nunca vai acabar”, afirma a psicóloga Liana Esmeraldo, elencando insegurança e ciúmes como alguns dos motivos para a disseminação do boato. Mas não só essa atitude gera constrangimento entre colegas de trabalho. Implicância, bullying, furtos e até assédio moral ocasionam insatisfação, evasão e diminuição do rendimento do funcionário, causando prejuízos para a equipe e para a empresa.

“Quem sofre bullying se desmotiva e produz menos”, destaca a analista de Recursos Humanos, Danielle Aragão. “Já o furto gera a intimidação da vítima, que se sente indefesa, vulnerável, não sabe o que fazer.”

Entre colegas, a situação pode ser mais facilmente resolvida. Se o bullying ou a implicância, no entanto, partem da chefia em relação aos subordinados, o problema tende a ser mais grave, como aconteceu com a copeira que preferiu não se identificar.

Tanto ela como os outros profissionais do mesmo setor da empresa sofriam humilhações por parte da supervisora. Após diversas reclamações, foi configurado o assédio moral (quando há abuso de poder hierárquico), e a ofensora foi demitida. “Tínhamos medo dela. Algumas pessoas choravam, passavam mal quando ela estava perto. Agora tudo melhorou”, afirma a funcionária.

Cultura empresarial

A demissão não é a única forma de resolver os problemas internos da empresa. Danielle Aragão destaca que, mais eficaz que o simples desligamento do funcionário, é a disseminação de uma cultura empresarial baseada na ética e no respeito. “A empresa é como uma casa. Se quem já se encontra nela respeita suas regras, os novatos, a partir do exemplo dos veteranos, também respeitarão".

O treinamento de lideranças, orientando os gestores a se aproximarem e conhecerem as equipes com as quais trabalham, assim como a promoção de momentos de integração entre os funcionários, facilitam o diagnóstico do problema e sua consequente solução.

Liana Esmeraldo afirma que é necessário também que os integrantes da companhia tenham um espaço de amparo psicológico, como um setor de RH ou o acompanhamento de profissionais do ramo.

A psicóloga explica que, independentemente do tamanho da empresa, códigos de conduta servem para que os funcionários saibam de seus direitos e dos meios de defesa contra situações desagradáveis no trabalho. Conversar, orientar e alertar sobre as normas da empresa são as primeiras medidas a serem tomadas, nos casos mais leves.


O QUE DIZ A LEI
A empresa pode ser prejudicada por implicância entre funcionários

1.
Quando a implicância, a fofoca e o bullying ultrapassam os limites da brincadeira e atingem a honra ou a moral da pessoa ofendida, a vítima pode recorrer às instâncias judiciais para a resolução do problema.

2. No âmbito civil, é possível pleitear indenização por danos morais. No âmbito criminal, o ofensor pode ser condenado por calúnia, difamação ou injúria (arts. 138 a 140 do Código Penal Brasileiro), sofrendo pena de detenção de um mês a dois anos, dependendo do crime, e/ou multa. A legislação penal também tipifica o furto (art. 155), cuja sanção é de um a quatro anos de reclusão e multa. Em determinadas instituições, é possível a instauração de processo administrativo.

3. O funcionário também pode recorrer à Justiça do Trabalho, como no caso do assédio moral. Quem responde ao processo, no entanto, é a instituição empregadora, como explica a advogada Giovanna Santiago: “No âmbito trabalhista, a empresa responde pelas ações de seus funcionários. É como se as condutas praticadas por gerentes e pessoas em cargos de chefia fossem cometidas pela própria empresa”.

4. Para evitar que pequenos problemas ganhem enormes proporções é que Danielle Aragão destaca a necessidade da precaução. “Hoje nos preocupamos muito em resolver o problema, mas é igualmente importante utilizar medidas preventivas, deixando clara a cultura da empresa, para que situações desagradáveis no trabalho não aconteçam. Tudo o que ocorre entre os funcionários reflete na imagem da firma.”

sábado, 17 de maio de 2014

TURISMO. Viajar para o Exterior é mais vantajoso durante a Copa

Procura por pacotes de viagem durante a Copa do Mundo tem aumentado. Visitar um destino nacional no período chega a ser quatro vezes mais caro que um internacional


Andressa Bittencourt (andressabitten@opovo.com.br)

Brena Pessoa (em pé, de branco), a tia, a avó e o pai.
Viagem planejada para Miami (EUA) durante a Copa.
Foto: Álbum pessoal

O mercado do turismo está aquecido. Devido à proximidade da Copa do Mundo, agências de viagens ofertam pacotes nacionais e internacionais a preços variados. Quem deseja acompanhar os jogos de perto, visitando as cidades-sede no período, pode desembolsar quatro vezes mais que se escolhesse “fugir” do evento esportivo e viajar para fora do País.

Apaixonados por futebol, os irmãos Denise Mota, 20, e Pedro Ítalo Mota, 22, não pensaram duas vezes antes de planejar a viagem de um mês para a Europa. A ida, marcada para o dia 2 de julho, impede que os universitários assistam à final da Copa no País, mas não é empecilho para que a torcida continue lá fora.

“A final da Copa não foi suficiente para desistirmos de viajar. Os jogos a gente assiste por lá mesmo”, diz Denise. Paris, Londres e Berlim são algumas das cidades que os irmãos visitarão. Excluindo as passagens aéreas e os seguros, a excursão custou, para cada um, cerca de R$ 10 mil.

O período de férias e o verão propiciaram a escolha da viagem no período, motivos que Ricardo Fusco, diretor da agência Aldeia Mundo, atribui como uns dos mais relatados pelos que procuram sair do País durante os jogos. “As pessoas estão fugindo da Copa”, afirma, ressaltando que a estabilização dos preços para visitar um destino internacional ocasionou um aumento da demanda.

O valor de uma viagem durante a Copa do Mundo pode variar consideravelmente, dependendo do destino: visitar as cidades-sede dos jogos pode custar quatro vezes mais que uma viagem para fora do Brasil. Segundo levantamento feito pelo O POVO, partir de Fortaleza para Buenos Aires em 12 de junho, dia da abertura dos jogos, e retornar duas semanas depois, gira em torno de R$ 2 mil. Nas mesmas condições, uma viagem para Recife custaria R$ 8 mil, incluindo somente o preço das passagens aéreas e da hospedagem.

A valorização dos destinos nacionais impulsionou a procura pelos internacionais, como explica a agente de viagens da Casablanca Turismo, Renata Almeida. “A saída do Brasil na Copa é uma relação de custo-benefício. O preço não diminuiu, mas também não chega a ser tão caro como na alta estação”.

Custos

Em vez de viajar em agosto ou setembro, quando os valores são menores, o brasileiro viu a possibilidade de combinar a partida com as férias, sem precisar, por isso, faltar ao trabalho. Brena Pessoa, 24, irá realizar um cruzeiro em Miami (EUA) com o pai, a avó e uma tia. Para conseguir um preço mais acessível, a viagem foi planejada com antecedência.

“Não queríamos ficar para a Copa e escolhemos um destino internacional por ser praticamente o mesmo preço de um nacional”, diz Brena. Um pacote de 14 dias para Miami, com passagens e hospedagem, custa R$ 3.960,98. Se a viagem for para Salvador, o preço é de R$ 3.271,08.

Outras cidades-sede também estão valorizadas, como é o caso do Rio de Janeiro - R$ 7 mil. Para ir a Paris, o turista brasileiro economizaria cerca de R$ 1.500, viajando por uma média de R$ 5.500,00.

A diferença de preços não significa que a procura por viagens locais tenha diminuído. Renata Almeida destaca uma elevada demanda para visitar cidades que não sediarão jogos.

A agente destaca, entretanto, que os valores das viagens internas e externas não devem diminuir. O turista que iniciar o planejamento este mês pode conseguir ofertas até 10% mais caras em relação ao preço oferecido em fevereiro/março.


MOEDAS ESTRANGEIRAS
Casas de câmbio têm aumento na procura


A demanda de quem vai viajar para fora do País em junho e julho afetou diretamente na oferta de moedas estrangeiras. Casas de câmbio e bancos têm sentido uma procura maior que o comum, como afirma o gerente da Western Union de Fortaleza, Adoniran Rodrigues. “A demanda de abril superou as nossas expectativas. Tivemos um aumento de 60% em relação ao mês anterior”.

O operador de câmbio da Ceará Travel, Marcelo Vieira, reitera a procura atípica e atribui à “fuga da Copa” um dos fatores para a redução da oferta de moeda estrangeira no mercado em maio, uma vez que grande parte dos que desejam sair do País no período realizaram a troca com antecedência.

Quem deseja comprar euro no Banco do Brasil terá de esperar. Em abril, a instituição financeira recebeu demanda pela moeda em espécie acima da média histórica dos meses anteriores, o que provocou o esgotamento do saldo, segundo informou a assessoria de imprensa. Até o fim de maio, a oferta de euro deve ser restabelecida.


DESTINOS*
1. Recife
R$ 8.224,21

2. Rio de Janeiro
R$ 6.959,61

3. Nova York (EUA)
R$ 5.904,42

4. Paris (FRA)
R$ 5.660,21

5. Miami
R$ 3.960,98

6. Salvador
R$ 3.271,08

7. Buenos Aires (ARG)
R$ 2.358,27

8. São Paulo
R$ 2.097,04

*Consulta realizada no dia 16/5/2014, no site CVC Viagens. Os preços incluem passagens aéreas e hospedagem com ou sem café da manhã entre os dias 12 de junho e 26 de junho de 2014. Ofertas mais baratas disponíveis no site. Preço por pessoa